Santa Casa de Goiânia reforça papel essencial da filantropia e cobra apoio do poder público para o combate ao câncer

Com quase 90 anos de história, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia se posicionou publicamente sobre os desafios enfrentados para manter um atendimento filantrópico de qualidade. Em nota, a instituição reforça que saúde é um compromisso coletivo e agradece o pronunciamento do deputado estadual Paulo Cezar Martins, que pediu mais recursos para o tratamento do câncer. A Santa Casa destaca que, mesmo sendo referência no cuidado humanizado, precisa de maior apoio estrutural e financeiro do poder público para continuar sua missão.

Santa Casa de Goiânia reforça papel essencial da filantropia e cobra apoio do poder público para o combate ao câncer

Com uma história que ultrapassa oito décadas, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia publicou uma carta aberta à sociedade e ao poder público destacando sua atuação filantrópica e o papel vital no atendimento à população, especialmente no tratamento de câncer. Segundo a instituição, mais do que um hospital, a Santa Casa é parte viva da história de Goiânia, e diariamente acolhe pacientes com “dores, dúvidas e esperanças”, oferecendo dignidade além do tratamento médico.

O texto destaca que ser filantrópico não é improvisar, mas sim manter uma estrutura complexa que exige recursos constantes, tecnologia, insumos e profissionais qualificados. Mesmo diante de limitações orçamentárias, a instituição afirma que segue firme em sua missão, e por isso, reconhecimentos públicos são fundamentais.

Nesse contexto, a Santa Casa agradece o recente pronunciamento do deputado estadual Paulo Cezar Martins, feito na Assembleia Legislativa de Goiás, em que o parlamentar destacou a importância do hospital e solicitou mais recursos para o setor de oncologia. A instituição classificou a fala como um “gesto de responsabilidade social”, enfatizando que a saúde pública é uma missão coletiva.

A ala de oncologia da Santa Casa atua há mais de 30 anos no atendimento a pacientes com câncer, oferecendo, além do tratamento clínico, apoio emocional e acompanhamento constante. No entanto, o hospital alerta que investimentos permanentes são essenciais para garantir a continuidade e a segurança dos atendimentos. Sem esses recursos, a manutenção da qualidade e do alcance do serviço fica comprometida.

A carta também ressalta o valor das doações e do apoio da sociedade civil, mas pontua que é papel dos governos — federal, estadual e municipal — manter repasses regulares e prestar suporte contínuo às instituições filantrópicas. Segundo a Santa Casa, investir em estruturas já consolidadas é uma medida inteligente e econômica, pois evita a necessidade de criar novas unidades do zero.

Por fim, a Santa Casa reforça que saúde é um dever constitucional e moral, e que continuará de portas abertas enquanto houver quem precise, mas espera decisões públicas que priorizem a vida e fortaleçam as redes de cuidado já existentes.