Ponte que liga Maranhão e Tocantins desaba; 2 mortos e 12 desaparecidos

Na tarde deste domingo (22/12), a ponte que conecta os municípios de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, desabou parcialmente, causando uma tragédia com vítimas fatais e desaparecidos. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), ao menos oito veículos despencaram no rio Tocantins durante o colapso, incluindo quatro caminhões, dois carros e duas motocicletas.
Entre os caminhões, um transportava ácido sulfúrico e outro herbicidas, provocando um grave risco de contaminação da água. Por conta disso, autoridades emitiram alertas para que moradores evitem qualquer contato com o rio. A Defesa Civil informou que as buscas por desaparecidos, incluindo mergulhadores, só começarão após uma análise detalhada da água feita por equipes ambientais do Maranhão e Tocantins.
Impactos e Respostas
O governador de Tocantins, Wanderlei Barbosa, e o ministro dos Transportes, Renan Filho, mobilizaram ações emergenciais. O ministro cancelou compromissos para visitar o local e garantiu uma investigação profunda sobre as causas do acidente, além do planejamento para a reconstrução da ponte.
Em nota, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou a interdição total do trecho na BR-226/TO e informou que equipes já estão apurando as condições da estrutura. O governador também solicitou que seja decretado estado de emergência na região para acelerar as medidas de reparação.
Um alerta ignorado
A ponte, com mais de 60 anos, já era alvo de críticas por falta de manutenção. Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, o vereador Elias Júnior, de Aguiarnópolis, flagrou o momento em que a estrutura começou a ceder enquanto fazia uma denúncia sobre rachaduras na ponte. Ele relatou que a ponte era uma preocupação constante para os moradores e lamentou o ocorrido: "Nossa cidade está em choque."
Consequências ambientais e sociais
Além das vidas perdidas, a tragédia tem potencial para gerar sérios impactos ambientais. Equipes técnicas dos dois estados estão avaliando os danos e planejando ações para conter a contaminação e remover os veículos submersos. Enquanto isso, o tráfego entre os dois estados permanece interrompido, e motoristas estão sendo orientados a buscar rotas alternativas.
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