Junho deve ter estiagem severa, ar seco e possível geada em Goiás, alerta Cimehgo
Junho é tradicionalmente um mês seco em Goiás, mas o Cimehgo alerta que o estado poderá registrar chuvas isoladas nos próximos dias e uma onda de frio intenso por volta do dia 11. As madrugadas podem ter temperaturas baixas, com risco de geada em algumas regiões. Umidade crítica e queimadas também preocupam.
REPORTER
Jun 2, 2025
73
0
O mês de junho de 2025 será marcado por um cenário climático típico da estiagem em Goiás, conforme o prognóstico do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo). Este período se caracteriza pela baixa incidência de chuvas, estabilidade atmosférica e pela influência de massas de ar polar, que trazem frio intenso, ar seco e aumento do risco de queimadas.
Segundo André Amorim, gerente do Cimehgo, embora junho costume ser um mês de estiagem, este ano há indícios de chuvas pontuais em algumas regiões. “Climatologicamente conhecido, o mês de junho é um período de estiagem. Então a probabilidade de chuvas é mais difícil. Mas para este ano nós temos uma situação um pouco diferenciada”, afirmou ao Jornal Opção.
O prognóstico indica a possibilidade de chuvas isoladas entre os dias 2 a 4 e 9 a 10 de junho, principalmente na região centro-sul do estado. Além disso, uma onda de frio mais intensa está prevista para chegar por volta do dia 11, trazendo uma queda brusca nas temperaturas, especialmente durante as madrugadas e manhãs.
Caso essa frente fria se confirme, poderá ser a segunda onda de frio mais intensa de 2025, com chances de geada nas regiões centro-sul e sudoeste de Goiás. Também é esperada a formação de neblina nas manhãs, fenômeno comum nesta época do ano.
Mesmo com esse cenário, Amorim alerta que as chuvas não devem ser vistas como o fim do período seco. “Essas pancadinhas de chuvas esporádicas são apenas um alívio momentâneo. Elas não vão nos tirar do período de estiagem”, enfatizou.
Durante o mês, a atuação de sistemas de alta pressão atmosférica deve manter o céu limpo e a formação de nuvens inibida, contribuindo para a persistência da seca. A umidade relativa do ar deve ficar entre 20% e 35% na maior parte do estado, podendo chegar a valores abaixo de 20%, o que é classificado como estado de alerta pela OMS.
Outro ponto de atenção são os incêndios florestais, que tendem a aumentar no período. A vegetação seca, somada às rajadas de vento que podem alcançar 50 km/h, favorecem a propagação rápida do fogo e o descontrole das queimadas.
O início oficial do inverno em 20 de junho poderá trazer novas mudanças no clima, incluindo mais ondas de frio e eventos extremos.
Comentários (0)
Comentários do Facebook