MORTE EM CLÍNICA ESTÉTICA: SUCESSÃO DE ERROS LEVA À PRISÃO DE BIOMÉDICA EM GOIÂNIA

MORTE EM CLÍNICA ESTÉTICA: SUCESSÃO DE ERROS LEVA À PRISÃO DE BIOMÉDICA EM GOIÂNIA

Polícia Civil investiga morte de mulher após procedimento estético em Goiânia; biomédica é presa

A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) investiga a morte de Danielle Mendes Xavier de Brito, de 44 anos, que sofreu uma reação alérgica fatal após um procedimento estético em uma clínica no Setor Parque Lozandes, em Goiânia. A biomédica e responsável pela clínica, Quésia Biangulo, foi presa e seu estabelecimento interditado por apresentar diversas irregularidades.

O caso

Danielle foi atendida na clínica para uma avaliação estética e teria pago R$ 300 pelo serviço. Durante o procedimento, foi aplicado hialuronidase, uma substância usada para dissolver preenchimentos. A vítima, que relatou ser asmática, apresentou uma grave reação alérgica, com parada respiratória.

De acordo com relatos médicos, houve atraso no acionamento do Samu e falhas nos primeiros socorros prestados pela clínica, incluindo a tentativa inadequada de uma traqueostomia. Após ser levada ao hospital Hugo, Danielle teve morte cerebral constatada no dia seguinte.

Irregularidades encontradas

A Vigilância Sanitária apontou inúmeras falhas na clínica, incluindo:

  • Produtos vencidos e sem registro na Anvisa.
  • Uso irregular de anestésicos hospitalares.
  • Materiais cirúrgicos não esterilizados.

Além disso, a Polícia Civil acusa Quésia Biangulo de exercício ilegal da medicina e prática de serviços de alta periculosidade sem autorização.

O impacto na família

A irmã de Danielle, que recebeu a notícia por meio do Samu, afirma estar profundamente abalada e pede Justiça. A vítima deixa dois filhos, de 18 e 19 anos.

Próximos passos

A investigação segue em curso para determinar se a biomédica agiu com negligência ou assumiu o risco do resultado fatal. Além disso, a clínica permanece interditada, e a profissional responde por crimes graves relacionados à morte de Danielle.

Contexto técnico

Especialistas em biomedicina explicaram que a hialuronidase, embora segura em mãos experientes, tem potencial alérgico, demandando testes prévios. A sequência de erros, segundo profissionais da área, evidencia má conduta da biomédica e uso indevido de técnicas e medicamentos hospitalares.

Acompanhe o desdobramento desse caso e alertas sobre segurança em procedimentos estéticos.