DEPUTADA PEDE AUDIÊNCIA SOBRE EXPLORAÇÃO INFANTIL NAS REDES

O influenciador Felca, conhecido por seu tom crítico e grande alcance nas redes sociais, publicou uma série de denúncias envolvendo possíveis irregularidades em um setor que afeta milhares de pessoas. As declarações viralizaram, gerando forte repercussão e chamando atenção de órgãos fiscalizadores. Para aprofundar o assunto, Felca foi convidado para um debate especial, onde irá expor detalhes das denúncias e responder questionamentos ao vivo.

DEPUTADA PEDE AUDIÊNCIA SOBRE EXPLORAÇÃO INFANTIL NAS REDES

A deputada federal Silvye Alves (UB-GO) protocolou um pedido de audiência pública na Câmara dos Deputados para debater, ao lado do influenciador Felipe Bressanim, conhecido como Felca, os riscos e crimes relacionados à exploração infantil nas redes sociais. A medida busca destravar o Projeto de Lei nº 2514/2015, represado na Comissão de Comunicação desde 2023, que visa obrigar operadoras a armazenar dados que auxiliem investigações de crimes como pedofilia.

O movimento ganhou destaque após Felca denunciar o youtuber Hytalo Santos por supostamente lucrar com a adultização de menores — situação em que crianças e adolescentes são expostos a conteúdos sensuais ou pornográficos. O caso envolve uma jovem de 17 anos que, segundo o influenciador, vive com o youtuber desde os 12 e aparece com frequência em vídeos com roupas íntimas ou pouca roupa.

As denúncias levaram o Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB) e o Conselho Tutelar a abrirem investigações contra Hytalo por exploração do trabalho infantil e produção de conteúdo pornográfico de menores, crime previsto no artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Felca também alertou para a existência de um esquema mais amplo de pedofilia operando em plataformas como Instagram, Telegram e Facebook.

O projeto que Silvye pretende resgatar é originário da CPI da Pedofilia no Senado, presidida pelo senador Magno Malta (PL), e busca evitar que dados essenciais a investigações sejam apagados. A proposta, parada por falta de pauta no colegiado, voltou ao debate após o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sinalizar urgência na tramitação.