Zelensky questiona papel do Brasil como mediador nas negociações de paz com a Rússia na ONU

Durante seu discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (25), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, expressou dúvidas sobre o papel do Brasil e da China como intermediadores em um possível acordo de paz entre Ucrânia e Rússia. Zelensky criticou o que chamou de "alternativas pouco entusiasmadas", insinuando que essas propostas, como a defendida pelo Brasil, beneficiariam o presidente russo, Vladimir Putin, ao prolongar o conflito.
Zelensky foi claro ao afirmar que "não aumentará poderes às custas da Ucrânia" e que não aceitará uma "paz imposta", referindo-se a pressões por um acordo que favoreça a Rússia. Desde o início da guerra, o líder ucraniano tem rejeitado negociações com Putin e defende um cessar-fogo imediato como condição para qualquer diálogo.
O Brasil, por sua vez, vem tentando se posicionar como mediador desde o início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que já propôs um plano de paz. No entanto, Zelensky tem mostrado resistência a essas iniciativas, insistindo que o único plano de paz possível é o ucraniano. Em declarações anteriores, Lula chegou a sugerir que tanto Zelensky quanto Putin estariam "gostando da guerra", gerando tensões diplomáticas entre os dois países.
A Assembleia Geral da ONU, que reúne líderes de 193 países, continua até o final da semana, e o discurso de Zelensky segue em meio a preocupações globais sobre a continuidade da guerra e as implicações de um possível ataque russo a usinas nucleares ucranianas, mencionado pelo presidente ucraniano em seu discurso.
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