Empresária Indicada por Homicídio Após Morte da Influenciadora Aline Ferreira ​

Empresária Indicada por Homicídio Após Morte da Influenciadora Aline Ferreira ​

Motivos do Indiciamento

  1. Privação de Sono: As investigações revelaram que Grazielly não dormiu na noite anterior ao procedimento de Aline, tendo participado de uma festa. A delegada Melo destacou que a empresária assumiu o risco de realizar o procedimento, ciente de sua condição.

  2. Omissão no Atendimento: A empresária não orientou Aline ou sua família a procurar atendimento médico. De acordo com o depoimento do marido da influenciadora, Grazielly tentou convencê-lo a não levar a esposa ao hospital, oferecendo prescrição de medicamentos.

  3. Desfarce Médico: Enquanto Aline estava internada em um hospital em Brasília, Grazielly foi apresentada como médica para entrar na unidade. Ela administrou uma injeção de anticoagulante na influenciadora sem autorização da família ou conhecimento dos profissionais de saúde.

  4. Curso em um Dia: Embora se apresente como biomédica, Grazielly cursou apenas três semestres de medicina no Paraguai e fez cursos livres de um dia. A polícia alega que isso demonstra uma falta de qualificação técnica para realizar procedimentos médicos.

  5. Compra Irregular de Produtos: Uma empresa adquiriu os produtos utilizados em aplicações de forma irregular, sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A delegada Melo informou que foram encontradas acusações de cadeia de compra e venda de material, com elogios identificando a substância PMMA no corpo da vítima.

O fabricante do PMMA, MTC Medical, declarou que o produto utilizado foi retirado de potes da bolsa da falsa biomédica, sendo o manejo totalmente distinto do PMMA legítimo, que é vendido exclusivamente a médicos.

Circunstâncias da Morte de Aline

Aline Ferreira foi para Goiânia para realizar o procedimento no dia 23 de junho. Apesar de ter retornado para Brasília com aparente bem-estar, a influenciadora começou a sentir dores e apresentou sintomas graves nos dias seguintes. Em 27 de junho, Aline desmaiou e foi levada ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Após ter sido distribuída para um hospital particular, ela precisou ser entubada na UTI e sofreu duas paradas cardíacas, vindo a falecer no dia 2 de julho. O velório ocorreu no dia 4 de julho, no cemitério Campo da Esperança do Gama.