Candidatos a vereador com mandados de prisão por atos golpistas de 8 de janeiro seguem em campanha nas eleições 2024

Três candidatos a vereador nas eleições de 2024, Pastor Dirlei Paiz (PL), Marcos Geleia Patriota (Novo) e Locutor Henrique Pimenta (PRTB), possuem mandados de prisão preventiva em aberto devido à participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Mesmo com essas pendências legais, eles continuam com suas campanhas eleitorais. O STF investiga os três por associação criminosa, e os partidos envolvidos não se pronunciaram sobre o caso.

Candidatos a vereador com mandados de prisão por atos golpistas de 8 de janeiro seguem em campanha nas eleições 2024

Três homens com mandados de prisão preventiva em aberto, decorrentes dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, continuam realizando campanhas eleitorais como candidatos a vereador para as eleições municipais de 2024. Entre eles estão Pastor Dirlei Paiz (PL), que disputa uma vaga na Câmara Municipal de Blumenau, em Santa Catarina; Marcos Geleia Patriota (Novo), concorrente em Céu Azul, no Paraná; e Locutor Henrique Pimenta (PRTB), candidato em Olímpia, São Paulo.

Esses três homens são investigados por associação criminosa, acusados de participar dos ataques que visaram as sedes dos Três Poderes, logo após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), expediu os mandados de prisão como parte da investigação sobre os envolvidos na organização e execução dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

O advogado de Dirlei Paiz afirmou que desconhece a existência de um mandado de prisão contra seu cliente. Da mesma forma, Marcos Geleia Patriota também afirmou não saber que é alvo de um mandado. Já Locutor Henrique Pimenta não se manifestou publicamente sobre o caso, e seu advogado anterior, que o representou no STF, informou que não faz mais parte da defesa.

Os partidos envolvidos — PL, Novo e PRTB — não emitiram declarações formais em resposta à candidatura desses investigados. O PL, partido de Dirlei Paiz, evitou comentários, enquanto Novo e PRTB também optaram por não se posicionar sobre os casos de Marcos Geleia e Henrique Pimenta.

A situação levanta questões sobre o impacto dos processos judiciais em andamento e o direito de se candidatar, especialmente em um cenário no qual candidatos com pendências legais seguem concorrendo a cargos públicos.