Potencial de Consumo das Favelas Brasileiras Atinge R$167 Bilhões e Atrai Grandes Marca

Estudo da empresa Nós, especializada no desenvolvimento de produtos digitais para as periferias, revela que as favelas brasileiras possuem um potencial de consumo de R$ 167 bilhões anuais. Esse valor supera o PIB de Belo Horizonte e representa uma significativa fatia de mercado, com mais de 17 milhões de moradores distribuídos em mais de 6 mil favelas no país, somando uma renda média mensal de R$ 3.036 por domicílio. Esse público já é alvo de estratégias de empresas como Ambev, Boticário, Nubank e Netflix, interessadas em personalizar sua comunicação e construir conexões reais com as comunidades.
Tracking das Favelas, estudo da Nós lançado este ano, detalhou o comportamento de consumo de 800 moradores das favelas brasileiras, identificando as marcas mais consumidas. Em alimentos, a Nestlé lidera com 58,2%, seguida pela Sadia. Já no setor financeiro, o Nubank se destaca como principal escolha, superando a Caixa Econômica Federal. No e-commerce, Shopee e Mercado Livre lideram as preferências de compras.
Para Emília Rabello, CEO da Nós, as empresas precisam deixar de enxergar as favelas apenas como regiões vulneráveis, entendendo-as como parte integrante das cidades e do mercado consumidor. Fundada em 2012, a Nós projeta um crescimento de 43% este ano, com uma receita prevista de R$ 50 milhões.
Estratégias Locais: As campanhas da Nós incluem cartazes elaborados por grafiteiros locais, anúncios em telas digitais, e murais patrocinados em áreas estratégicas, onde os moradores também são remunerados ao cederem seus espaços, recebendo entre R$ 75 e R$ 150 por campanha. Essa iniciativa reflete o compromisso da Nós em aproximar as marcas das periferias e estimular a economia local.
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