Lula Vai Elevar o Tom na ONU: Agenda Climática e Reformas Estruturais em Foco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está pronto para intensificar seu discurso durante a abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (24), em Nova York. Em um contexto de recordes alarmantes de queimadas e enchentes no Brasil, Lula deve cobrar ações imediatas dos líderes mundiais, com foco na agenda climática e na reformulação dos organismos multilaterais, como a própria ONU.
O alerta de Lula será uma crítica direta à lentidão das grandes potências globais – Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido – em adotar medidas drásticas para mitigar os efeitos da crise climática. No domingo (22), durante a Cúpula do Futuro, ele já havia antecipado parte de sua mensagem, destacando a iminência do aquecimento global de 1,5ºC e os impactos que isso terá sobre o planeta, especialmente nas nações em desenvolvimento.
No entanto, a ausência dos principais líderes globais nessa cúpula indicou a resistência dos países mais poderosos em fazer concessões. Durante o discurso na Assembleia Geral, quando os líderes estarão presentes, Lula deve intensificar suas críticas, especialmente quanto ao fracasso das nações ricas em compartilhar responsabilidades. Ele também deve reforçar a necessidade urgente de reformar o Conselho de Segurança da ONU, uma promessa antiga em sua agenda.
Outro ponto central do discurso será a fome mundial, um tema que Lula considera fundamental não apenas para países pobres, mas também para as nações desenvolvidas, que enfrentam crises de migração e refugiados. Em sua fala, o presidente brasileiro argumentará que o combate à fome e a erradicação da pobreza precisam ser prioridades para todos, especialmente em tempos de colapso climático.
Além disso, Lula deve mencionar indiretamente o bilionário Elon Musk, cobrando uma maior regulação das plataformas digitais e a defesa da democracia global, em alusão aos ataques recentes às instituições democráticas brasileiras, como o STF.
Ainda na arena internacional, Lula deve abordar a crise política na Venezuela, sugerindo que os países desenvolvidos aumentem a pressão por uma resolução pacífica e democrática na região.
Com o mundo em alerta para a iminência de uma crise climática sem precedentes, Lula está determinado a usar a Assembleia Geral da ONU para reforçar seu papel como líder global na defesa da justiça climática e social, e demandar uma ação urgente e coletiva para enfrentar os desafios do século XXI.
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