Dólar cai para menor nível em quatro meses e Bolsa brasileira dispara

O dólar fechou abaixo de R$ 5,70 pela primeira vez desde novembro, acumulando queda de 7,99% em 2025. O Ibovespa avançou 1,46%, atingindo 131.213 pontos, seu maior nível desde outubro. A recuperação foi impulsionada pelo crescimento econômico acima do esperado no Brasil e por estímulos da China, além da alta do petróleo e da possível trégua entre Rússia e Ucrânia.

REPORTER REPORTER Mar 18, 2025 33 0

Dólar cai para menor nível em quatro meses e Bolsa brasileira dispara

O mercado financeiro brasileiro teve um dia de forte otimismo nesta segunda-feira (17). O dólar comercial fechou em R$ 5,686, caindo 0,99%, atingindo seu menor valor em quatro meses. Já a Bolsa de Valores (Ibovespa) subiu pela quarta sessão consecutiva, alcançando 131.213 pontos, o maior patamar desde outubro de 2024.

A moeda norte-americana operou em queda durante todo o dia, chegando a bater R$ 5,66 na mínima da sessão. No entanto, investidores aproveitaram a cotação mais baixa para recomprar dólares, reduzindo um pouco a queda. Com isso, a divisa acumula uma desvalorização de 7,99% no ano.

Enquanto isso, o Ibovespa foi impulsionado por ações de empresas de commodities, bancos e consumo. Os destaques ficaram para petroleiras e mineradoras, que se beneficiaram diretamente da alta do petróleo e do pacote de estímulos da China, maior consumidor mundial de matérias-primas.

Cenário interno e externo favoráveis

No Brasil, o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou crescimento de 0,9% em janeiro, superando as expectativas do mercado. O resultado positivo fortaleceu a confiança dos investidores no desempenho da economia nacional, impulsionando empresas ligadas ao consumo.

No cenário internacional, a China anunciou novas medidas para impulsionar sua economia, o que beneficiou países exportadores de commodities, como o Brasil. Além disso, o barril do petróleo Brent voltou a ultrapassar os US$ 70, após ataques dos Estados Unidos ao Iêmen.

Outro fator que animou os mercados foi a possibilidade de um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, reduzindo as tensões geopolíticas e trazendo maior previsibilidade para os investidores globais.