Brasil registra 11 milhões de hectares queimados entre janeiro e agosto de 2024, revela relatório do IPAM

O Brasil enfrentou uma devastação alarmante em 2024, com 11 milhões de hectares queimados entre janeiro e agosto, de acordo com o mais recente relatório do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e da rede MapBiomas, divulgado nesta sexta-feira (27). O relatório traz dados preocupantes, apontando um aumento de 163% na área queimada em grandes propriedades rurais, somando 2,8 milhões de hectares, em comparação com o mesmo período de 2023.
Nas Florestas Públicas Não Destinadas (FPNDs), o cenário é ainda mais crítico: um aumento de 176%, com 870 mil hectares queimados, destacando a crescente ameaça da grilagem de terras. As Terras Indígenas também foram duramente afetadas, com 3 milhões de hectares queimados, representando um aumento de 80%. Unidades de Conservação, essenciais para a preservação ambiental, viram uma alta de 116% nas áreas queimadas, totalizando 1,1 milhão de hectares.
Esses dados reforçam a urgência de implementar políticas eficazes para proteger terras públicas e preservar a biodiversidade. A perda da floresta nativa, que subiu 132% em agosto de 2024 em comparação com o mesmo mês de 2023, mostra que até mesmo áreas historicamente úmidas da Amazônia estão sucumbindo ao fogo devido à mudança climática e condições cada vez mais secas.
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