Alta Oferta e Clima Seco Pressionam Preços do Etanol em São Paulo: Um Setor em Alerta

Em agosto, os preços do etanol em São Paulo foram pressionados por uma oferta elevada e condições climáticas secas. A produção de etanol aumentou, mas a demanda constante não foi suficiente para evitar a queda de 0,78% nas cotações. As queimadas em áreas de cana-de-açúcar também geram apreensão sobre a próxima colheita.

Alta Oferta e Clima Seco Pressionam Preços do Etanol em São Paulo: Um Setor em Alerta
Alta Oferta e Clima Seco Pressionam Preços do Etanol em São Paulo: Um Setor em Alerta

O mercado de etanol enfrentou um cenário desafiador em agosto, com a combinação de alta oferta e condições climáticas adversas pressionando os preços do biocombustível no estado de São Paulo. De acordo com dados do Cepea, a produção de etanol hidratado e anidro aumentou durante o mês, resultando em uma maior oferta no mercado spot paulista, o que contribuiu para a queda nas cotações.

Embora a demanda tenha permanecido firme, a média do Indicador Cepea/Esalq do etanol hidratado registrou uma queda de 0,78%, fechando o mês em R$ 2,5827/litro. Este declínio nos preços ocorre em um momento crítico, quando a colheita de cana-de-açúcar atinge seu pico na região Centro-Sul, elevando o volume disponível no mercado.

Além disso, o clima seco e as queimadas em áreas de cana em pé ou em fase de rebrota, que dariam origem à próxima colheita, geram preocupação adicional no setor. Esses fatores não apenas comprometem a qualidade da cana, mas também levantam incertezas sobre a sustentabilidade da oferta futura de etanol, o que poderá impactar os preços nos próximos meses.